quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024



Exercícios de memória: convívio e cultura em Algés nos anos 60 e 70.

 



        O anti-espectáculo "Nós não estamos algures", no  1.º Acto - Clube de Teatro de Algés. 
Na foto, ensaio com Ernesto de Sousa (encenador de palavras, imagens e gestos) e eu (humilde aprendiz de actor), 1969.



Nunca se pode regressar aos lugares da juventude onde fomos quase felizes, apesar dos dias cinzentos impostos, naquela época, pela ditadura salazarista. No início dos anos 60, com cerca de 17 anos, fui morar para Linda-a-Velha, mas o meu tempo era passado em Algés, onde descobri uma comunidade com intensas afinidades culturais e políticas. Aí coabitavam indivíduos entre os 16 e os 40 anos, com horizontes diversificados no plano da oposição anti-fascista, num convívio e diálogo singulares que tinham como lugar de eleição os cafés ou os espaços de intervenção cultural como a Secção Cultural do Sport Algés e Dafundo, criada, entre outros, por Armando Caldas e Viriato Portugal, apesar de alguma suspeição da direcção relativamente aos ideais subversivos dos seus activistas; a Livraria Espaço do Armando Rodrigues e, mais tarde, o 1º Acto - Clube de Teatro, em 1969. Neste curto exercício de memória, começarei por recordar os cafés de Algés, espaços singulares de convivialidade e aprendizagem, companheirismo e fraternidade.

Segundo George Steiner, «A Europa é feita de cafetarias, de cafés. Estes vão da cafetaria preferida de Pessoa, em Lisboa, aos cafés de Odessa [...]. Vão dos cafés de Copenhaga, onde Kierkegaard passava nos seus passeios concentrados, aos balcões de Palermo. Não há cafés antigos [...] em Moscovo, que é já um subúrbio da Ásia. [...] Nenhuns na América do Norte, para lá do posto avançado galicano de Nova Orleães. Desenhe-se o mapa das cafetarias e obter-se-á um dos marcadores essenciais da 'ideia de Europa'. O café é um local de entrevistas e conspirações, de debates intelectuais e mexericos, para o flâneur e o poeta ou metafísico debruçado sobre o bloco de apontamentos»[1].

Desde a adolescência fui um frequentador assíduo dos cafés de Algés. De manhã, mal saía de casa, o café era o meu espaço privilegiado. Muitas vezes uma "bica" dava para uma manhã inteira. O dinheiro não abundava. Lia, reflectia e conversava com os amigos que iam chegando a esse lar aberto a todos os interessados. Foi por ali que aprendi muito do que sou hoje, mais talvez do que na escola ou na universidade. Naquele tempo, esse espaço mágico atravessava e congregava diferentes gerações e até pessoas com diferente estatuto económico-social. Era frequente os jovens partilharem a mesma mesa com gente na casa dos 40. Os meus cafés desse tempo eram sobretudo o Ribamar e o Tamar. Algés não era, como hoje, apenas um dormitório de Lisboa, mas, para nós, uma “aldeia”, um lugar de sociabilidade e afectos, com vida sociocultural própria, às portas da capital. Houve também um outro café, o velho Pavilhão Cristal, com traços de “Arte Nova”, se a memória não me atraiçoa, com a sua estrutura em ferro e vidro e uma singela escada em caracol que conduzia ao 1º andar. Seria destruído, em inícios da década de 60, para dar lugar a um monstro de betão (o Catavento) que ainda funcionou como café e depois como supermercado.

Por esses cafés paravam algumas figuras ilustres da nossa cultura. Lembro, por exemplo, no Ribamar, Manuel Ferreira, Mário Castrim e Augusto Abelaira que ora liam, ora escreviam fragmentos das suas obras. Também Vasco Graça Moura, então estudante de Direito, se embrenhava nos calhamaços do seu curso – não sei se terá escrito aí alguns poemas dessa época. Havia ainda os conspiradores sempre desconfiados dos ouvidos atentos da mesa ao lado, possíveis pides ou meros informadores. No fundo éramos quase todos conspiradores, uns menos outros mais, naquele tempo ditatorial que ia corroendo os nossos desejos e sonhos juvenis. Mas os nossos projectos eram muitas vezes mais teóricos do que práticos. A queda do regime era, para muitos, mais uma ansiosa espera do que motivadora de actividade prática. Nem para todos obviamente, pois, nos cafés também se passavam de mão em mão panfletos ou livros clandestinos. E alguns conheceriam mesmo as agruras da prisão. Fumava-se muito nos cafés, pois apesar das muitas proibições do regime, contrariamente à actualidade, podia-se fumar em espaços fechados (a saúde pública não era ainda uma prioridade). Havia apenas um inconveniente para aqueles que se arriscavam a trocar os fósforos pelos isqueiros, ao poderem ser surpreendidos pelos fiscais que controlavam as licenças para seu uso. Caso não as tivessem eram multados. Um modo bizarro, dizia-se, de Salazar proteger a indústria fosforeira nacional.

Também se namorava. Às vezes tudo começava com um ligeiro encosto de joelho com joelho sob a mesa, uma involuntária voluntariedade. Claro que os gestos amorosos tinham os seus limites. A moral sexual era muito rígida e serôdia, sobretudo no que dizia respeito à sua exibição pública.

Os proprietários de alguns cafés é que não apreciavam muito estes consumidores de "bica" por uma manhã ou uma tarde. E começaram a afixar uma tabuleta onde se dizia expressamente: "É proibido estudar". Isto num país com tantos analfabetos! Mas negócio é negócio, e eles lá tinham de sobreviver.

Discutia-se filosofia, arte e política. Discutia-se muito. Embora por vezes os diálogos fossem substituídos por monólogos a três ou quatro vozes. Nem todos sabiam o mesmo. Havia gente de leituras várias, outros nem tanto. Mas acabávamos todos por aprender alguma coisa.

O café era um lugar de espera, de meditação e de boatos. Aliás, não se poderá escrever uma história da nossa cultura moderna ou uma sociologia da cultura sem uma geografia dos cafés das principais cidades e vilas do país. As tertúlias nos cafés iam surgindo ao sabor dos tempos culturais e políticos, algumas com vida efémera, outras com vida mais longa. Românticos, simbolistas, modernistas, neo-realistas ou surrealistas sacralizaram, cada grupo à sua maneira, esses espaços de comunhão e polémicas.

O café, na década de 60, era, pois, um espaço de convívio lúdico e de confronto de ideias. Mas de tristeza e tédio também, quando a espera interminável do tempo novo nos exasperava. E nada se passava. A "ociosidade" expectante alternava com a vontade de agir para mudar a vida e o mundo.

Em Algés, durante o dia, escolhíamos sobretudo o Ribamar, pois as suas paredes envidraçadas deixavam passar a luz com abundância, mesmo em dias soturnos, e permitiam-nos prolongar o olhar sobre o rio, numa cumplicidade entre o mundo interior e a paisagem. Mas à noite era o Tamar o nosso preferido. Ou melhor, o seu longo corredor, uma extensão que separava os consumidores da "bica" nocturna e o salão de chá destinado aos "burgueses" mais acomodados. Nesse corredor, mesas de um lado e do outro, misturavam-se estudantes, aprendizes de poetas e funcionários de serviços, todos identificados com a oposição ao regime. Era um mundo simultaneamente aberto e fechado. Um espaço rectangular mais ou menos controlado e reservado a dialogantes contestatários. Recordo que, nas catastróficas inundações de 67, esperámos, à luz da vela, sentados nas mesas, já que a água subira cerca de meio metro, até a catástrofe amainar, o que aconteceria já de madrugada.

Depois as longas noites, sobretudo no Verão, dispersavam-nos por tascas e cervejarias (o “Relento” fechava às 4 da manhã), ou em deambulações boémias  sem nexo pela marginal de Algés. E aqui recordo o mítico Caletas, muito mais velho do que nós, um condutor das nossas aventuras nocturnas. Naquele tempo éramos felizes? Talvez não. Por isso havia os que partiam, quando se conseguia passaporte, algo problemático a partir do início da guerra colonial, sobretudo para Paris, a cidade-quimera da nossa geração, onde a liberdade possibilitaria a actualização dos nossos desejos. Hoje a maioria dos cafés foi desaparecendo ou foram-se transformando em híbridos e bizarros snacks. Entretanto muita coisa mudou. Os livros sobre as mesas dos cafés vão sendo substituídos por computadores e telemóveis. Outras formas de ver, de ler e de ser. Os modos de convívio alteraram-se, os escritores fecham-se em casa e os poucos leitores (aliás, em Portugal nunca foram muitos) também.

Na, acima referida, Secção Cultural do Algés e Dafundo, no início da década de 60, levámos à cena a tragicomédia de Raul Brandão, O Doido e a Morte, com encenação de Viriato Portugal, onde sobressaiu o desempenho de Carlos Vieira, posteriormente emigrante na Dinamarca, no papel do Sr. Milhões. Mal sabia eu naquela altura, ao desempenhar o papel de mero figurante na peça, a importância que o Raul Brandão viria a ter na minha futura vida de investigador da literatura portuguesa. E, entre outras realizações, lembro, em 1962, um ano antes da sua morte, a notável palestra de Aquilino Ribeiro, que então morava na Cruz-Quebrada, convite que não foi do inteiro agrado da direcção do clube. A vigilância sobre a actividade cultural era muita.

 Depois duma estadia de cerca de um ano em Paris, do serviço militar e duma passagem breve por Setúbal, onde me estreei como actor amador, na peça A Raposa e as Uvas, do dramaturgo brasileiro Guilherme de Figueiredo, tendo contracenado com Odete Santos, que viria, após a revolução de Abril, a ser uma carismática e dinâmica deputada comunista, e Teresa Pacheco Pereira, com quem casara entretanto, regressei definitivamente a Algés, em 1967.

Foi no ano seguinte que surgiu a ideia de criar, nesta localidade, uma associação cultural (o 1ª Acto Clube de Teatro), por iniciativa de Armando Caldas, Eduardo Pedroso, Jorge Ferreira da Silva e Viriato Portugal, entre outros, cuja data oficial de fundação seria a de 9 de Janeiro de 1969. Aproveitando a cave dum prédio em construção, com poucos meios financeiros, este núcleo fundador teve a capacidade, numa conjuntura política hostil, apesar da chamada Primavera marcelista, de concretizar esse sonho. Com renda mensal de 6 contos e cerca de 800 sócios, a aventura de criar um espaço cultural alternativo iniciava-se, apesar dos condicionalismos económicos e censórios. Com algum apoio "mecenático", embora insuficiente, e a intervenção de um grupo de arquitectos, onde sobressaía Nuno Teotónio Pereira, o espaço foi transformado num anfiteatro em betão com 150 lugares sentados.

Este teatro viria a ser, entre a fundação e o 25 de Abril de 1974, um local de liberdade possível, de coabitação de práticas estéticas heterogéneas, dos espectáculos mais “convencionais” aos experimentalismos vanguardistas; de confronto de ideias artísticas (mesas-redondas, debates e colóquios); de sessões com cantores de intervenção (Carlos, um cantor sul-americano, Fanhais, Adriano Correia de Oliveira, Samuel); de música coral (Academia dos Amadores de Música, de Fernando Lopes-Graça, e A Juventude Musical Portuguesa, com direcção de Francisco d´Orey); de recitais de poesia por Ary dos Santos ou Mário Viegas; ou de divulgação cinematográfica, com relevo para os filmes de natureza etnológica, e, sobretudo, de convivialidade cultural, o que pressupunha o diálogo entre os operadores estéticos e o público. Convém evocar também a actividade, embora intermitente, dirigida para o público infantil (cursos de iniciação musical, de artes plásticas e exibição de teatro para crianças).

 Antígona, de Jean Anouilh, encenado por Armando Caldas, seria, em 1969, o primeiro espectáculo de teatro, com recepção elogiosa da crítica, dos actores Fernando Gusmão ou Costa Ferreira ou dos escritores Alves Redol (um dos primeiros sócios do clube), José Cardoso Pires, Manuel Ferreira ou Bernardo Santareno, apoiantes convictos deste projecto cultural. Antígona, interpretada pela notável Madalena Pestana, com apenas 19 anos, simbolizava o grito de recusa e da revolta juvenil contra todas as formas de prepotência. De notar, a colaboração musical de Jorge Peixinho que musica um poema de Mário Castrim, canção final do espectáculo: “Levanta-te e vai. Expulsa a crueldade/Faz a cidade. Faz a Felicidade”.

Com A Cantora Careca, de Ionesco, com encenação de Carlos Nery, penetrámos no teatro do absurdo, investindo na desconstrução do diálogo quotidiano pequeno-burguês, reflexo do vazio em que estes seres estão mergulhados. Posteriormente, Carlos Nery desenvolveu um interessante trabalho cénico a partir da peça Woyzeck, de Georg Büchner, com a colaboração da coreógrafa Inês Palma, porém no ensaio final para a vistoria da  Censura, o espectáculo viria a ser proibido. Naquela época, para lá da censura prévia aos textos dramatúrgicos, havia ainda a submissão da encenação ao olhar inquisidor do poder totalitário.

No campo das experiências vanguardistas, destacamos o exercício sobre comunicação poética, dirigido por José Ernesto de Sousa, denominado “Nós não estamos algures”, frase retirada dum poema do livro Invenção do Dia Claro, de Almada Negreiros, aliás activamente presente numa das exibições – recordo como fez girar eufórico a sua boina no dedo da mão –, um experimental acto de plural circulação poética. Tratava-se da performance dum trabalho coral, utilizando diversos meios de expressão (cartazes, projecção de diapositivos e filmes, improvisação musical de Jorge Peixinho), apelando à participação activa do público, com a estrutura dum happening [2], de molde a quebrar-se a fronteira entre os operadores estéticos e os espectadores. Enfim, uma festa colectiva das palavras (poemas de Almada, Herberto Helder, Luísa Neto Jorge e Mário Cesariny) ritmadas pelas várias formas de expressão estética: “convidamos-te a viver totalmente, a fazer da tua vida um espectáculo total”, lê-se num dos cartazes. De notar que a comunicação audiovisual esteve a cargo de Carlos Gentil-Homem e a as soluções plásticas e luminosas foram da responsabilidade do artista Fernando Calhau. Além dos elementos do colectivo acima mencionados, gostaria de lembrar alguns companheiros dessa época de combate cultural e político:  Carlos Morais, Madeira Luís, António Borga, João Luís Gomes, Madalena Pestana, Maria Virgínia, José e Manuel Torres, Geada, Valdez, Teresa Pacheco Pereira, Guilherme Lemos, Bicha, Filomena Fernandes, Rui Martins, Tucha e Henrique Videira e Melo. 

Na mesma linha de orientação vanguardista, destacamos também, os happenings de Manuel Granjeio Crespo, autor de tradição surrealista, que, segundo Eduardo Pedroso, teria dirigido “uma companhia de teatro underground, em Nova Iorque”. Apresentou uma leitura encenada do seu livro No princípio será a carne, onde no fim, como numa catarse colectiva, se queimavam dezenas de exemplares desta  obra. Posteriormente, apresentou um projecto os Jogos Dramáticos onde, na última sessão, ainda segundo testemunho de Eduardo Pedroso, uma personagem que representava a Igreja, “abençoava uma aliança entre o General e o Capitalista”. Uma cena final “provocatória” que levou a direcção da altura a interditar posteriores intervenções de Granjeio Crespo, pois podiam levar ao fecho do 1º Acto. Estas acções, de tendencial autoria colectiva, procuravam simultaneamente desmistificar os códigos do teatro convencional e das engrenagens opressivas da sociedade capitalista. Nesta órbita de experimentalismo comunicacional, convém também recordar o Celeiro do Império, dirigido por Jorge Listopad, uma criação colectiva, que foi, aliás, o último espectáculo, realizado no 1º Acto (Janeiro de 1974); a performance ritualística do poeta Melo e Castro, “Silêncio”, ou “Kelahiran” (renascer), do artista plástico Victor Belém, a partir da sua exposição de objectos na Galeria Buchholz, com coreografia e direcção de ensaios da bailarina Inês Palma, que também dirigiu cursos de expressão corporal durante cerca de dois anos no 1º Acto.

No campo da música, a guitarra de Carlos Paredes ou as baladas de protesto coexistiram com a música vanguardista de Jorge Peixinho ou José Alberto Gil, ou, no campo do jazz, com as improvisações vanguardistas de Jorge Lima Barreto (o jazz conceptual).

Para concluir este rudimentar relato da actividade do 1º Acto, diria que foi sempre um espaço aberto a várias formas de expressão estética, rumando contra a cultura estadonovista e o seu aparelho censório, embora a nossa vontade de alargar a actividade às camadas populares de Algés tenha ficado aquém das expectativas. De notar, aliás, que todos os eventos culturais eram seguidos de debates finais que, por vezes, apesar da presença dos informadores da Pide (os "bufos" de serviço), se arrastavam até altas horas da madrugada, o que muito incomodava a Direcção Geral dos Espectáculos, de tal modo que o Director, em 1973, me solicitou, enquanto presidente do 1º Acto nessa altura, uma entrevista, prometendo, em tom intimidante e chantageante, apoios financeiros a todos os espectáculos teatrais, desde que abandonássemos os debates finais. Obviamente não nos vergámos a tal chantagem punitiva.

Agradeço a todo o colectivo do 1º Acto, a oportunidade de intervir num projecto cívico, enquanto espectador interveniente, actor e dirigente, que, apesar de algumas contradições e saudáveis polémicas internas, contribuiu definitivamente para a transformação da minha vida. Bem hajam!





 Almada Negreiros, Auto-retrato em grupo, 1925


[1] A Ideia de Europa, Lisboa, Gradiva, 2006, p.26 (trad. de Maria de Fátima St. Aubyn).

[2] Estávamos numa época em que a cultura libertária do Maio de 68 parisiense ou a prática anarquista do Living Theatre, de Julian Beck e Judith Malina, que promoviam a criação colectiva, a improvisação, o jogo com o aleatório ou a participação criativa do público, influenciaram a prática teatral, em Portugal, de grupos vanguardistas, para quem o teatro era um acto político, tentando derrubar a fronteira entre os actores e o público, a arte e a vida.

5 comentários:

  1. belo texto que te define inteiramente. o meu abraço! obrigado

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  2. "Que curioso...que estranho...que coincidência!"...frase da peça de Ionescu que me ficou gravada e que me permite estar de acordo com o seu belo texto.
    ..

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  3. Gostei de vir aqui pela primeira vez , que não será a única. Boa semana .

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  4. maravilhoso e importante testemunho. obrigada!

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  5. Caro Vitor,
    Foi um prazer ler o teu artigo sobre Algés e os anos 60. Vi também o Facebook do Nery e a vossa interação, a quem também enviei uma mensagem.
    Eu e a Carmo festejámos 50 anos de casados em agosto passado.
    Foi muito bom relembrar a nossa passagem pelo teatro para onde tu me levaste, com convite feito no Tamar.
    Havemos de nos encontrar, eventualmente juntando o elenco da Cantora Careca.
    Um abraço

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